quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Porque nos apaixonamos por alguém?


            Apaixonamo-nos por alguém, depois de partilharmos uma experiência emocionante ou perigosa.

            Sistemas de filtragem inconsciente guiam-nos pelo tumulto do dia-a-dia, como um sistema de navegação interno. Somente num caso específico é que a nossa mente faz praticamente tudo para evitar que vejamos os outros como realmente são. Quando nos apaixonamos!

            Cientificamente falando, apaixonar-se é uma reação de stress. O nosso botão de pânico a amígdala, fica ativo, tal como reage quando há perigo a vista. Ficar em alerta desencadeia a emoção que sentimos ao apaixonarmo-nos. Ao mesmo tempo, o modo de pânico cega-nos. Isso certifica-se de que não analisamos a fundo nosso parceiro(a). Ao mesmo tempo, os nossos centros de recompensa entram em ação: endorfinas, opiáceos produzidos pelo hipotálamo do cérebro, deixam-nos eufóricos, tal como a serotonina que estimula a disposição.
            Este cocktail de felicidade atua como uma droga, no núcleo acumbens, o interruptor nos nossos cérebros que antecipa as recompensas. Sentimos a ausência do outro como uma ressaca. Quanto ao nosso cérebro, o amor é um vício.
            Ignoramos generosamente que o amor da nossa vida não tenha nos oferecido algo que comprou pra si ou pegou, como tomar o café da manhã, e nosso amor não nos oferecer algo que pegou, por exemplo. Enquanto o nosso córtex cerebral, o nosso consciente, nada em hormonas de felicidade, o hipotálamo ativa a produção de cortisol, uma hormona de stress, que estreita o nosso campo de visão, quando estamos em risco ou apaixonados.

            Porque no inicio de qualquer relação é tão bom estar com alguém, mas um determinado tempo depois, não sentimos o que sentíamos quando conhecemos a pessoa pela primeira vez¿

            No inicio de uma relação é fácil aproveitarem-se de nós. Falando neurobiologicamente, estamos viciados, cegos e estressados. Tornamo-nos cada vez mais parecidos, graças à hormona sexual masculina, a testosterona.
Surpreendentemente o hipotálamo e a glândula pituitária reduzem a sua produção em homens apaixonados, enquanto as mulheres apaixonadas produzem mais. Assim a droga do amor surte efeito durante SEMANAS ou até meses. Quase não conseguimos largar-nos. Está é a fase em que haveria mais probabilidades de gerar filhos, se os cérebros humanos não tivessem inventado os contraceptivos.
            Após seis a nove meses, o êxtase começa finalmente a desvanecer, mas se tudo correr bem, já estaremos sob o efeito da oxitocina, uma hormona de vinculação, que a nossa glândula pituitária produz durante o orgasmo. As mulheres também a produzem quando amamentam.
A oxitocina não cria stress, mas vinculação, predispõe-nos para um compromisso a longo prazo, pois a nossa mente inconsciente quer que cuidemos bem de nossa prole, embora conscientemente negamos esses pensamentos.
            Porque nos apaixonamos loucamente?
            Podemos entrar numa sala e ver alguém sexualmente muito atraente. Então fazemos sexo com a pessoa. Quando se faz sexo com alguém, o fluxo de dopamina aumenta, e depois do orgasmo há um pico de norepinefrina, estreitamente ligada a dopamina. Esses dois químicos no cérebro podem levar-nos ao limiar de nos apaixonarmos loucamente por esse parceiro fortuito. Considerando a pessoa sexualmente atraente, o cérebro, desencadeia sentimentos e emoções de amor por aquela pessoa. Cafajestes vs homens comuns.

https://www.youtube.com/watch?v=znDgWDVsfK0

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